segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A vida como ela é....

Cena X


(EU PAGO!!!)

- Eu dou ponto! eu dou ponto! - dizia inscessantemente o professor aos seus alunos e continuava...- eu darei ponto a todos aqueles que escreverem, nem q seja um "Li!".

Estava ele usando da moeda corrente da sala de aula: A Nota!...alguns manifestaram-se contrários ao que foi dito...nao sei se nao queriam ser corrompidos (seria isso possível?)...nao sei se achavam que não ganhariam o suficiente...nao sei se achavam aquilo nosense...bom não sei...outros permaneceram calados...não sei se aceitaram o suposto "suborno"(legitimo...deveras, legitimo)...não sei se aquilo seria suficiente para satisfazer o desejo deles...ou se nem escutaram, se nem estavam ali...tambem não sei. O fato é que uns mostraram-se, ao meu ver, claramente Peixotos, outros foram Edgares...outros pareciam andar pra trás...alguns poderão até mostrar-se canalhas, mas só amanhã, no dia seguinte...vai saber!

é sempre bom poder provocar...e provocar onde mais incomoda...para alguns foi a questão da nota, para outros no "caráter", para outros no fato de sentir-se fazendo parte de um ato irônico...nesse lado a ironia nao foi engraçada!! ver pelo vidro é engraçado, ser vomitado por ser morno nem tanto...

a frase do Otto ganha forças novamente...até quando nao sei...

"O mineiro só é solidário no câncer!!" até quando??!!



quinta-feira, 25 de setembro de 2008

uma história sobre um "eu professor"

Engraçado como as coisas se dão...essa semana comecei meu Estágio em Docência, durante todo esse periodo de 2008/2 da Ufs estarei como professor, juntamente com meu orientador no mestrado, de uma disciplina cuja a tematica é Cinema, História e Psicologia.
Nesse primeiro dia de aula fomos la ver o povo que faria parte da disciplina. Caras mais que conhecidas, umas muito pouco, somente por corredores, outras conhecídissimas e algumas delas tendo um carater afetivo e satisfatorio tanto para mim qt para elas, por tê-las participando comigo dessa nova experiencia que terei. E uma experiência, nao de experimentar algo para descobrir seu verdadeiro sabor, mas no sentido de justamente tá se estranhando com situaçoes como essa de ser professor; de dar aula para amigos meus, pessoas q tenho tipo de relaçao muito forte e que agora estão como meus alunos hehehe. Creio q será muito bom ter essas experiência, pois pela posiçao que cada um de nós tomaremos nesse espaço-tempo da disciplina, nos abriremos pra outros tipos de relaçoes que teremos que vivenciar. Quer queria eu, ou nao, estou numa posiçao diferenciada da deles, como diria o careca frances, assumo uma posiçao de poder e devo ter isso em mente, uma vez que esta posiçao traz em si implicaçoes as quais devo estar atento. Existem exigencias institucionais as quais tenho q dar conta como por ex., avaliaçoes dos alunos; preparar semanalmente um esboço da aula, para nao ir de maos vazias (se bem que mesmo tendo algo previamente preparado, na garante q sairá como penso...por isso também está preparado para o inesperado, alias, é o que mais espero que role).
E olhe que essa disciplina nao começou essa semana. Já venho pensando nela desde o mês de junho. Ao escrever um esboço do meu projeto de dissertacaçao do mestrado, em conversas com Kleber, foi surgindo ideias para a disciplina. A principio a ideia do Cinema veio de Kleber, que ja queria montar um disciplina com essa temática. Ele jogou a ideia para mim, eu comecei a mastiga-la, até produzir algo próximo do meu projeto. Quando conseguimos pensar algo mais proximo ao q ambos queriam, comecei meu trabalho de minerador: fui garimpar textos, os mais variados, sobre cinema. Vale lembrar, dentro da temática, a questão da História e da Psicologia já me eram mais proximas, afinal me formei no curso de psicologia e tinha uma monografia dentro do campo da história...mas cinema..hummm...ai era dificil! Era apenas um apreciador da setima arte, sem nenhum conhecimento mais técnico ou melhor, sem uma aventura pelos meios mais academicos sobre o Cinema. Pois entao, sai fuçando a net, atras de artigos, sites especializados e o escambau...coisas que mesclassem cinema, historia, corpo, psicologia...encontrei coisas muito interessantes, outras nem tanto...li, li e li (ainda estou lendo)...daí, depois de um periodo de leituras prévias, as coisas começaram a ficar mais claras por onde eu poderia caminhar. "e fui andando, sem pensar em voltar e sem ligar pro que me aconteceu" com bem diria Rita Lee...depois de algumas coisas mais claras em mente, veio o trabalho de pensar os filmes que poderiam encaixar nessa proposta..conversava com um amigo ali, outro acolá, falava de minhas idéias e sempre vinha uma dica de um filme...fiz uma lista de uns 14 filmes que poderiam está na lista de 8 que teria que escolher...a lista dos 14 ficaram irredutiveis por um tempo...
Nesse meio tempo fui catantdo textos que poderiam tambem ajudar nas discussões...lia um, outro, e mais outros...lia uns e pensava "Muito bom, tem coisas legais...porém é muito complicado" (nao que a complexidade seja ruim...mas que como uma das propostas da disciplina era proporcionar espaços de produçao de sentido, de discussoes mais fluidas..textos com esse caráter poderiam nao ser uma boa ideia). Um desses textos está no livro do Peter Pal Pelbart, O tempo não-reconciliável, onde o primeiro capitulo ele vai tratar de noçoes de Tempo em Gilles Deleuze, mostrando que o tempo também multiplo e o cinema consegue muito bem mostrar como se pode inventar tipos diferenciados de tempo a depender da montagem que se proponha uma cena, um filme, um movimento de câmera...texto muito bom, mas com um nível de complexidade que nao caberia na proposta da disciplina. (sei que futuramente usarei ele em outros espaços-tempo). Catei, catei e fui encontrando coisas legais para usar na disciplina...esse trabalho está quase terminado, ainda ficou faltando um texto a ser escolhido e que estou na pesquisa (ja sei qual autor utilizar, mas nao o que dele ainda).
Com a escolha dos textos veio a escolha dos filmes...pra cada texto dois filmes que se aproximam...veremos primeiro os filmes, as impressoes que sairao deles, que sentidos produzirá..e por ai vai!
Ainda nesse tempo de montagem da disciplina (nessa montagem, produzo um tempo de como ela funcionará...a partir da forma como estruturei a disciplina, juntamente com kleber, o tempo que ela terá vai tomando forma) teve tambem o trabalho de reserva da sala de video da Biblioteca da Ufs, que servira como espaço de exibiçao e apreciaçao das obras cinematograficas. Nesse dia, cheguei na secretaria da sala de video e fui falando que era professor de um futura disciplina e que queria reservar a sala para alguns dias especificos. Conversando com o rapaz secretaria disse q nao era bem o professor titular da disciplina, que era estagiario, mas que exerceria funçao de professor. Nisso o cara veio dizendo q eu poderia fazer a reserva, pois pela norma só os professores é que poderiam. Argumentei com ele se nao poderia deixar um pré-reserva e que depois o professor titular entraria em contato para confirmar. Mesmo assim nao houve aceitaçao....argumentei mais ainda..até q o cara, nas palavras dele "abro uma exceçao para você, mas estou indo contra as normas", fez a reserva. Só que a sala que ele reservou estava com o aparelho de DVD quebrado e que eu teria que providenciar..aff mais uma coisa para providenciar (q nao estava em meu script :P)...e eu aceitei. Levarei o aparelho daqui de casa, sem problemas!
Bom, depois de tudo acertado, quando se pensava está tudo encaminhando, um problema inesperado aparece: o numero de vagas da disciplina. A disciplina havia sido pensada para no maximo 15 alunos, mas por problemas do sistema do DAA, qt a oferta, foram oferecidas 35 vagas. Quando fiquei sabendo, ja haviam 31 pessoas previamente matriculadas...booommmm...tentei ver se isso poderia ser revertido, mas impossivel sair ligando pra pessoas que se matricularam e perguntar "Oi fulano, vi que vc se matriculou na disciplina sobre cinema. Mas houve um erro no sistema do Daa, ela era apenas para 15 vagas e ofertaram 35. Por acaso você teria interesse em nao mais fazer essa disciplina?"..sem condiçoes. O lance era comprar a briga!! E foi isso que fiz, juntamente com kleber. Sei que no final tivemos 24 matriculados e no primeiro dia de aula entraram mais 4 se nao me engano. 28 alunos!!!
A primeira aula foi legal...tive a leve impressao de que poderao sair coisas bem legais daqui pra frente...bom cansei de escrever...postarei mais sobre as impressoes ao decorrer do curso.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Escolhas???? Onde??

Ai ai, faz tempo que nao paro pra escrever algo diretamente para esse blog, para o q me propus quando resolvi criar-lo (o último post foi de umt exto escrito para a apresentação da sessao coordenada na semana de psico da ufs). Dentre as razões posso colocar: preguiça, desinteresse, falta de assunto(nem tanto), tempo, dificuldade em escrever, entre outras.
Bom, vou tentar cuspir algo hoje...uma coisa q me incomodou recentemente foi algo que ocorreu em uma das aulas do mestrado. Na quarta a tarde, durante a aula de Teorias em Psicologia Social, assistimos a um filme, q se nao me engano chama-se Caminhos para Kandhar, o qual conta a historia de uma Afegã, que viveu a maior parte de sua vida no Canadá e que resolve voltar a sua cidade natal para impedir que a irmã cometa suicidio durante um eclipse. Durante o filme essa personagem vai relatando o que vê, sobre a cultura daqueles povos, a pobreza, a submissao feminina (as mulheres com suas burcas e tal)...depois do filme uma das discussoes q mais tomaram força era sobre essa condiçao da figura feminina no mundo islamico, em especial, afegão...mas durante a discussao uma das colegas trouxe um relato bem interessante, no qual ela havia visto uma entrevista de uma afegã ou era uma mulher muçulmana de outro país, acho, na qual ela falava de q em nossa cultura costumamos falar o quanto a mulher muçulmana sofre e tal, por causa do machismo, da imposicao do uso do véu ou da burca...e essa mulher falava que nem tudo é imposiçao, ela reconheceu q sua cultura as mulheres ainda tem uma certa sujeiçao ao homem, mas que o uso do veu ou da burca tem suas razoes, a mulher preserva seu corpo, nao sai mostrando ele para qualquer um. se tem que mostrar a beleza de seu corpo, a mostra em sua casa para seus familiares...e retrucou que a aqui é diferente, preferimos nos arrumar para os outros, os desconhecidos e quando estamos em casa, estamos aos "farrapos" (nao levar esse termo ao pé da letra)..bem interessante esse comentario, faz-nos questionar certos valores q temos...e é disso que quero partir. Me incomodava na aula o motivo de só falarmos da cultura muçulmana, q lá tem isso, aquilo e bla bla...para mim é muito difícil falar sobre isso, pois as informaçoes que tenho desse povo foram quase todas obtidas pela mídia e sabe-se ou melhor, eu tenho essa impressao, que nao se confia em tudo que a midia propaga, ainda mais sobre o mundo islamico, principalmente dps que o tio sam declarou guerra a esses povos e fez a caveira de tudo que tivesse esse tipo de origem...entao grande parte das coisas q eu fosse falar seria atraves desse olhar e uma coisa q tento nao ser é etnocentrico...mas isso nao quer dizer que nao se deva discutir sobre isso. mas pra mim existe um limite, justamente por nao ter um bom conhecimento, ultrapassando esse limite caio no etnocentrismo...creio q durante a aula perdemos uma oportunidade de discutirmos coisas que nos rodeiam...por exemplo, no filme tivemos uma boa impressao de como sao pobres aqueles povos, uma pobreza, ate certo ponto, diferente daqui nos é mostrado e temos em nosso país, nao saberia como descrever, mas é diferente...mas ao mesmo tempo o filme provoca uma inquietacao com certos valores daquela cultura, como a posicao social feminina...chegamos a discutir sobre questoes raciais, sobre que em nossa cultura ainda se enxerga resquicios de trabalho escravo, como no exemplo dado da empregada domestica q assim como a mucama, passa o dia com filho da patroa tomando conta, mas ao contrario da epoca colonial, a patroa hj nao fica na casa grande, tecendo bordados ou preparando o chá das cinco. A patroa, pega seu carro, pega uma puta transito, vai pra seu trabalho e passa o dia todo resolvendo problemas, e no final do dia volta pra casa, pega outro engarrafamento, chega em casa estressada, com uma pilha de coisas q nao resolveu no dia q se acumularao durante a semana, fim de semana, mês...e por ai vai...será q nao é um tipo de trabalho escravo?? alguns dirao: "ah, mas ela tem o q comer- do bom e do melhor, diga-se de passagem- durante o dia!!"; "ah, mas ela ganha muito mais q a empregada domestica", etc; Verdade!! Ganha sim, tem um padrao de vida melhor - visto a partir de uma certa norma. Mas nao quer dizer ela esteja fora de uma vida filha da puta, q suga, suga, suga até matar...outros dirão: "ah, ela é privilegiada, pois pode escolher outra forma de vida: onde trabalhar; se vai ou nao de carro pra o trabalho"...já isso eu nao vejo como! essa idéia de que temos escolha em nossa vida é algo q a cada dia nao acredito mais...dizem que temos escolha na hora de consumirmos qualquer produto..basta pesquisar e achar o mais em conta e daí escolheremos a melhor forma de gastar nosso dinheiro...mas onde fica a escolha de Nao Consumir??? eu nao consigo nao consumir! nesse exato momento, enquanto digito, seja indireta ou diretamente estou consumindo ou sendo produto de consumo de algum jeito: consumo minhas horas na net, pois paguei o provedor; consumo a energia que paguei; to consumindo os oculos que comprei; to servindo como ponte para que o provedor que acolhe esse site ganhe dinheiro, por eu acessar e dps outros acessarem....e por ai vai!!...É, perdemos uma boa oportunidade de discussao...e fico sempre me perguntando o que nos impede...na verdade ate q sei que forças agem sobre a gnt q nos impedem...é dificil enxergamos, como foi dito tb na aula, nao passamos de uma mera empregada/o, nao muito diferente da empregada domestica...sempre tendemos a achar q nossa profissao, seja ela de professor, psicologo, medico, tem um status acima de outros (ate certo ponto tem), mas se colocamos em analise isso, percebemos o quanto estamos emaranhos na mesma teia e somos sugados de formas parecidas..uns sentem de forma mais direta..outros tem dinheiro para comprar drogas que somente amenizam a dor.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Breves impressões sobre o novo Mestrado em Psicologia da UFS

A idéia dessa sessão temática nasceu de sugestão dos professores de nossa linha de pesquisa. Para que levássemos alguma discussão acerca da implementação e de nossa inserção do Mestrado em Psicologia Social e Política da UFS. Aceitamos a tarefa, mas sem saber ao certo o que faríamos. Em nossas primeiras discussões várias foram as idéias que surgiram...idéias sempre surgem, a questão é como coloca-las para funcionar. Chegamos a um certo consenso que a discussão que traríamos para cá seria sobre nossas impressões sobre o NOVO Mestrado em Psicologia da UFS; sobre esse NOVO momento em que passa o curso de psicologia. E é sobre essa idéia de NOVO que gostaria de começar.

O NOVO, algo que não se conhecia, que até certo tempo não existia e que emerge, sendo produto de variadas relações sociais, sempre traz consigo ansiedades, expectativas e “aflições”. É comum nos sentirmos desprotegidos frente ao NOVO, ao que de certa forma, foge a um padrão normalizado de acontecimentos, movimentos, pois nos é incerto o que virá logo à frente, mas ao mesmo tempo esse NOVO proporciona a produção de outras formas de se vivenciar o mundo, as relações, etc.

Esse NOVO se dá quando o colocamos na questão do tempo de existência institucional do mestrado, aprovado no ano passado e tendo sua primeira turma começando suas atividades em Março do corrente ano. Digo institucional porque há um tempo já se ouvia pelos corredores toda uma vontade de criar um curso de mestrado na UFS, vendo professores buscando qualificação para poder formar um quadro de professores que garantissem a aprovação de um mestrado. Acompanhei isso durante a minha graduação, vi professores saindo para seus doutorados e outros retornando. Além de acompanhar, por pouco tempo o começo das reuniões onde já se encaminhavam os tramites para a concretude desse fato.

O mestrado traz como característica de sua única área de concentração ser um curso de Psicologia Social e Política, descrito como um campo de estudos e pesquisas voltado para a análise das condições sociais nas quais as subjetividades individuais e coletivas são constituídas e nas quais se fomentam possibilidades de transformações na cultura, por indivíduos e coletividades. E o termo Política não ta ali por mero acaso, por mera estética. Entendo política como uma ação de produção ou reprodução de modos de vida, de modos de relações entre os sujeitos. Sendo assim a construção do mestrado também perpassa essas condições de produção de políticas que irão referenciar as ações dos que compõem o núcleo da pós-graduação, sejam os docentes ou os discentes (oficiais ou não, lembrando dos estudantes vinculados em matérias isoladas ou os ouvintes), além dos que se ligam institucionalmente por outras vias.

Uma das questões que envolvem esse NOVO que trazemos a discussão é justamente essa postura de saber que as políticas do curso do mestrado estão ainda se continuarão sendo construídas. Sempre que nos deparamos com algo como um curso de mestrado, ou vestibular, algo ligada a uma instituição, no caso educacional, temos a idéia de que ao chegarmos lá tudo estará totalmente pronto, só esperando nossa entrada de forma oficial e que temos nisso a segurança de que teremos um curso funcionando de forma regular, que está tudo posto e basta seguir a risca que o futuro esperado está garantido. Não que o curso do mestrado da UFS esteja desorganizado, não é disso que estou falando. Mas acabamos por acreditar que as políticas que se determinaram num dado momento da implementação do mestrado serão as mesmas até o final. E isso não acontece. A cada reunião do colegiado do mestrado discussões são feitas e dessas discussões são produzidas novas políticas, mesmo não sendo de caráter formal frente a instituição, que atravessarão os modos de ação dentro do mestrado. A produção de políticas não cessa, ainda mais num curso que está no seu primeiro ano. Muitas coisas são novidades não somente para os estudantes, mas também para os professores. E essa afronta com a novidade nos obriga a tomarmos posição, a afirmamos nossas vontades frente ao que está se construindo.

O mestrado, apesar de possuir uma área de concentração, está subdividido em duas linhas de pesquisa: Processos de Subjetivação e Política e Processos Sociais e Relações Intergrupais. A primeira linha se subdivide em três outros grupos de pesquisa: Grupo de estudos e pesquisa sobre Exclusão, Cidadania e Direitos Humanos (GEPEC); Grupo de Pesquisa Produção de Subjetividade, saúde e autonomia individual e coletiva (PROSAICO); e o Grupo de pesquisa Clinica Psicanalítica e cultura contemporânea. A segunda linha de pesquisa subdivide-se em Grupo de pesquisa, planejamento e avaliação em Educação e Psicologia e Psicologia Comunitária; O Grupo de Pesquisa Normas Sociais, Estereótipos, Preconceito e Racismo. Estes grupos de pesquisa também possuem suas subdivisões, mas não há necessidade de citar. A questão é só para perceber a diversidade de idéias em que está imerso o mestrado.

Essa diversidade proporciona diversos olhares sobre um mesmo tema e com isso produz diversificados tipos de conhecimento. E essa diversificação, consequentemente, gera conflitos. Não há como pensar o ato de fazer política sem que esteja presente situações de conflitos. E isso está presente desde a reunião de colegiado do curso, ate nas discussões dos estudantes, até porque, se há diversidade nas linhas de pesquisa, no corpo docente, há certamente no meio estudantil. Essa multiplicidade de sujeitos traz em consigo, o que já foi levantado antes sobre que nesse decorrer do curso novas políticas que servirão de referencias para o modo este caminhará, irão surgir. Com certeza daqui a dois anos, quando essa turma se formar muita coisa terá mudado na forma de se tocar o curso. Não sei se pra melhor ou pra pior, não como saber.

Esse campo da produção de políticas também é interessante pensar não só nas questões internas - se é que posso caracterizar assim -, se darão também nas produções de saberes que se espera do mestrado. Mais uma vez trago que o nome Política não está presente por acaso, tem a ver com essa preocupação do que se estará fazendo das produções pretendidas. Não há como dissociar uma questão como “O que estamos fazendo de nós mesmos?(enquanto estudantes do mestrado)” de “O que estamos fazendo dos outros?”. Não há uma dissociação entre Psicologia Social x Política, ver-se as duas imbricadas, indissociáveis. Muita das vezes achamos que o que fazemos aqui na academia está desvinculado da sociedade, pelo mera questão de nossos trabalhos não terem adentrado a um campo empírico de ações. Acho que esse titulo nos faz repensar isso. O saber que produzimos tem impacto de que forma no meio social, uma vez que a universidade não está dissociada, como muitos ainda pensam, do meio social. É muito fácil de constatar isso ao ver nos meios de comunicação a importância que se dá a estudos feitos dentro dos espaços universitários, já recebido como a Verdade. O legal dessa nova proposta do curso de mestrado é que ele traz, desde seu título, a possibilidade de pensarmos sobre novas formas de psicologia social - se é que toda psicologia já não seria social! Essa própria atividade do “Pensar” já se torna algo interessante, entendo ele como um ato que fere ou reconcilia, que subjuga ou liberta, e que também cria, não como desvincula-lo do ato de fazer política. Todo ato de pensar carrega um modo de fazer política e toda política carrega um modo de pensar.

Há uma experiência que nós passamos a pouco no mestrado que demonstra essa questão da produção de políticas que atravessa o mestrado. O mestrado tinha (hoje já está certo isso) bolsas a serem pleiteadas frente a instituições de financiamento a pós-graduação. Mas não existia nada concreto de como se dariam as seleções para os bolsistas. Durante uma reunião de colegiado saíram alguns critérios que referenciariam a escolha e foi criada uma comissão para avaliar os possíveis bolsistas. Como essa era mais uma etapa nova dentro do mestrado, decidiu-se por fazer uma entrevista coletiva como todos os candidatos a bolsa. E nessa entrevista foi jogada a proposta de O Grupo construir a política que serviria como forma de escolha dos bolsistas. O interessante de se trazer dessa reunião é justamente essa questão da produção de uma política a partir do grupo que disputava pela bolsa. Quando vamos fazer parte de qualquer tipo de seleção já vamos sabendo ou esperando que todo processo já tenha sido construído de antemão e seremos avaliados por especialistas que garantiram uma certa neutralidade, para escolher os mais aptos. No caso do mestrado foi diferente. Ao não se tomar uma posição de especialistas e jogar para o grupo a construção da própria política, forçou-se a que todos que estavam ali tomassem posição frente ao assunto. Como era de se esperar e como foi dito, gerou-se conflitos, no sentido de que varias idéias foram debatidas, desconfortos perpassaram os atores, até se chegar a um certo consenso que gerou o resultado dos bolsistas. É interessante disso ver como quando nos é exigido esse Tomar Posição Política frente a situações, como é difícil para a gente assumirmos esse papel, uma vez que não nos é comum esse tipo de atitude.

Essa inserção no mestrado, dentro de toda essa relação de forças que o perpassa e o perpassará e que não temos como fugir, ou se fugirmos uma hora ou outra nos pegará, nos faz levantar algumas questões sobre como isso nos afeta. Entre elas está justamente esse do Fazer Política. Como é encarar esse processo que nos joga no coletivo? Que nos tira de uma condição de mero agente passivo para uma possibilidade de sermos ativos nesse processo (lembrando que podemos continuar passivos, mas em um dado momento espera-se uma atividade nossa)? Como encarar uma situação que foge a nossa lógica cotidiana de funcionamento??
P.s.: texto escrito para apresentação da Sessão Temática do III Encontro de Psicologia da UFS, a partir das impressoes minhas, de Bruno e Ariane.
P.s.: resolvi colocar esse texto aqui, porque se encaixa bem com a proposta do blog.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Encarando de verdade o presente heheh

O presente ta batendo de frente mesmo hhehehhee...to meio sem tempo pra pensar um novo texto pra ca..o mestrado ta me consumindo e ainda tenho q arranjar tempo pras folguinhas...talvez escreva sobre essa falta de tempo q nos perpassa hj em dia, é um bom tema. mas fica pra prox q espero ser muito em breve, vou me esforçar.

segunda-feira, 31 de março de 2008

"Você precisa de alguem que te der segurança, senão você dança..." Segurança (Humberto Gessinger)

"Nas grandes cidades do pequeno dia-a-dia
O medo nos leva a tudo, sobretudo a fantasia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia"
Muros e Grades (Humberto Gessinger e Augusto Licks)
Estive recentemente na cidade de Salvador e me dei conta de uma coisa, que em Aracaju tá ganhando um destaque. Acho que não é de hoje que na capital baiana existem e vêm se construindo cada vez mais condominios fechados de casas, mas dirigindo pela Paralela vi muitos anuncios de condominios que estao prestes a serem concluidas as obras, quanto outros que estão em projeto. E o número, creio eu, tanto das construçoes quanto da procura vem aumentando. Aqui em Aracaju não é diferente. Se pensarmos, logo de primeira sobre isso, poderemos tirar algumas explicaçoes para isso. A primeira de todas, o carro chefe, diz-se ser que esse tipo de habitaçao garante a Segurança de quem o possui. Segundo, deve vir uma questao de conforto, pois morar em apartamento é algo que não agrada a muitos, principalmente aqueles que moraram grande parte de suas vidas em casas e ao crescer e constituir uma nova vida, teve que procurar uma nova moradia e os apartamentos eram algo mais em conta, por exemplo. Acho que dava pra especular um pouco mais e dizer que esse tipo de moradia permite maior Liberdade a quem lhe habita. Pois bem, partindo desses pontos vamos pensar um pouco mais...
Segurança...hmmm assunto central de nossas vidas, hoje em dia...a todo momento vemos, ouvimos e lemos noticias de que o mundo está imerso num ciclo de violencia que se nao nos atingiu ainda, pode ter certeza que atingirá uma hora ou outra e entao devemos está preparados, nos protegendo da melhor forma possivel, pra que pelo menos o impacto seja amortecido...os meios de comunicaçao pegam uma situaçao de assalto, assassinato, confroto policial, etc. e eleva a enésima potência, mostrando que por mais que o fato tenha se passado no interior da floresta amazonica, na fronteira brasileira com a colombiana, aquilo pode bater a nossa porta num instante. Por exemplo, situaçao como a do Rio de Janeiro de confrontos (como diz a midia, pois nem sempre existe confronto) da polícia com os traficantes e das imagens de carros que passam proximos ao confronto, recuando, voltando pela contramao ou neguinho saindo de qualquer jeito para se esconder, sao passados como se toda a populacao do Rio vivesse se escondendo, como se ninguem saisse de casa e que o medo é total...a midia faz todo um trabalho de terrorismo em seus noticíarios para assim aumentar o medo das pessoas, nao só do Rio, no caso em questao, mas de todo o nosso país ou de outros países, uma vez que hoje a informaçao é acessivel em tempo real em qualquer parte do mundo...nessa de terrorismo, de que estamos imersos num país sem segurança, produz-se um modo de vida de desconfiança..incentiva-se a desconfiança como forma de garantir a nossa segurança...mas só isso não é satisfatorio. Nao basta nao mais falar com estranhos, tem que ter um lugar seguro pra se morar. E hoje isso tem a ver com a vigilancia constante e pra que esta exista é preciso ter um espaço com seus limites controlados, vigiados constantemente seja por cameras, seja por seguranças. Tudo isso gera toda uma industria que irá produzir todos os equipamentos necessarios a dar segurança às pessoas que a desejem ou melhor, que possam pagar por ela. Veja bem, atraves da produçao de uma politica do medo, produz tambem meios de ganhar com isso...nada foge a mercantilização, nao por muito tempo!!! Aí aparecem esses condomínios..."que bom!! uuuhuuuuu!!!teremos um local seguro para morar. Nao me preocuparei mais em perder noites, na paranoia de que em qualquer minuto alguem invadira minha casa. Agora tenho alguem pra garantir que isso nao aconteça. Estou Seguro!!!" dirá alguém que tenha condições de obter um imovel nesses espaços. Sem levar em conta essa pequena reflexao que fiz de um dado ponto da produçao de violencia em nossa sociedade, acho q seria algo plausivel e correto pensar dessa forma e buscar isso...mas ai me vem outro questionamento que farei a partir de minhas andanças nesse tipo de moradia, pois tenho parentes que moram em um dado condominio daqui de Aracaju. Logo quando foram inauguradas as primeiras etapas do condominio, fui fazer uma visita para conhecer o local. Confesso que fiquei maravilhado com algumas coisas desse tipo "novo" de moradia...eram(são) casas construidas umas proximas as outras, com muros bem baixos, em um local seguro (pelo menos essa é a ideia)...dai me veio alguns pensamentos: morar num local como esse favoreceria o maior contato entre as pessoas, os muros sao baixos, a relaçao entre os vizinhos poderia ser potencializada ja que nao há tanta distancia, haveria uma possibilidade de quebra de barreiras que apartamentos acabam criando...(pensamentos de quem morou durante 15 anos em casa, que brincava na rua de tudo qt possivel e agora mora em apartamento, e nao conhece quase ninguem em seu predio)...com o tempo vem a tona uma coisa totalmente diferente...quando as pessoas começam a morar no condominio, começam os movimentos de aumento dos muros, da colocaçao de grades...alguns muros com espaços entre as colunas, que permitiam ter uma certa visao da casa, outros totalmente fechados, sem nenhuma fresta...grades com extremidades pontudas...só nao vi ainda cercas eletricas (acho q nao irá demorar)....e meus parentes nao fugiram a regra: Também colocaram um muro, nao totalmente fechado, mas tem. Durante a noite, todos trancam-se em suas casas, passa-se cadeado em todos os portões, fecham-se as janelas em noites estreladas, sem nenhum sinal de nuvem de chuva (em aracaju ja se imagina como é isso)...perguntei o porque na casa de meus parentes teria uma grade e a resposta foi porque ela traria mais segurança..fiquei encucado!!! Como?!! Nao ja foram morar ali, porque se dizia um local seguro??? Que todo o aparato de muros altos com suas cercas eletricas que cercam o condominio, a vigilancia eletronica e também de seguranças motorizados, garantiria uma moradia calma e segura, coisa que diz a tv é cada vez mais dificil de se ter??Nao estariam fora os sujeitos que tocam o terror pela sociedade, pois sabe-se quem entra e quem sai no local??...dai viria a resposta: "mas hoje em dia não se pode confiar em ninguém!!!" A questão da produçao da desconfiança que falei mais acima...parece q nao adianta se isolar, buscar se fechar da forma mais hermética, sempre vai haver a sensaçao de insegurança, pois nao é um muro alto, ou grades, cameras e negoes de 3 metros de altura que vao nos fazer sentir seguros...não é uma questão de material, se é que posso dizer assim...a insegurança virou um modo de viver, um modo de subjetividade, um valor de vida...lembro de uma cena do filme "Crash" onde a personagem de Sandra Bullock conversando com uma suposta amiga, fala pra ela algo assim "esses dias eu vinha acordando com muita raiva, e pensava que tinha a ver com o assalto que sofri...mas agora percebo que nao. Eu acordo assim todos os dias!" é mais ou menos por ai...a gnt nao se sente inseguro porque um dado lugar nao nos oferece segurança e tal...nos tornamos sujeitos inseguros, e cada vez mais se produz mais sujeitos assim...é um tipo de vida que produz desconfiança entre os sujeitos, que produz intolerância, produz medidas extremas para garantir uma suposta segurança, nao é a toa que a politica da guerra norte-americana contra o terrorismo use-se de ideias como deter os mal terrorista para garantir a segurança do EUA e do mundo...tudo em nome de uma suposta segurança ou melhor de uma suposta Insegurança...Viva com um barulho desses!!!

terça-feira, 4 de março de 2008

Apatia

Uma das coisas que mais me inquietam, ultimamente, é a apatia que vem assolando em nossa sociedade. As pessoas nao se posicionam, nao buscam afirmar suas concepçoes, delegam a outros - q nem se sabe quem sao esses outros, muita das vezes - grande parte das decisoes da sua vida. Cada dia mais nossas vidas vao sendo tomadas e decididas por especialistas do comportamento. E nisso nao falo só de psicologos. Sempre vejo nos meios de comunicaçao aparecer os ditos especialistas em varios campos de nossa vida. São pessoas q dizem ter um certo saber sobre determinada situacao e a partir dai eles vao dizer como devemos agir. Por exemplo, há um quadro no Fantastico onde eles utilizam-se do saber de uma especialista em etiqueta pra dizer como devemos nos comportar Corretamente em determindas situaçoes. Durante uma conversa hoje, na Ufs, sobre, entre outras coisas, essas questoes, eu falava sobre a famosa sindrome do elevador, a qual nos acomete hehe assim q entramos no elevador e tem alguem la dentro. É interessante como nossa reacao e a dos q estao junto conosco no elevador sao parecidas, nossos olhares se direcionam pra um ponto em outra dimensao, q nao a do elevador e muito menos da pessoa a nosso lado. É dificil fazer um contato visual. Olhamos pra cima, pra baixo, pra o visor digital q diz em q andar estamos e ficamos ansiosos pra chegue logo no andar desejado pra sairmos dessa situacao constragedora. Pois bem, voltando a especialista em etiqueta. Segundo um amigo meu, esta falou que nessas situacoes o mais Correto (enfatizo essa palavra) seria olhar para nossos pés. Para nosos pés???!!! Até agora nao entendi...e tenho certeza q se ouvisse a explicaçao da dita cuja, continuaria sem entender. Pode ate ser que enxergasse uma coerencia no q ela falasse, mas entender, ver aquilo como algo satisfatorio ja seria demais pra mim. (Iiihhhh to acabando indo por um caminho q nao pensava a principio ao escrever esse post...mas vamo la..quem sabe chego onde quero heheh)...Voltando a questao da apatia, q dá titulo a esse post...Quando pensei nisso, queria falar, como cito no começo, sobre nossa falta de posicionamento, delegando a outros fazê-lo...cada vez mais se produz sujeitos dessa forma. E vou dar um exemplo mais proximo a mim, a minha experiencia de vida...A universidade supõe ser um espaço de produçao de conhecimentos. E essa produçao perpassa por movimentos de questionamento, de posicionamento politico frente aquilo que se discute durante os espaços universitarios. Mas o que vejo hj em dia é que essa idéia sobre a universidade como produtora de conhecimento, vem perdendo cada vez mais forças, vem sendo minada a cada dia por um modo de viver que atravessa nossa sociedade. Um modo de viver que dentre outras coisas, está paltado em mercantilizar tudo o q puder, e de fazer com q esse produto mercantilizado seja colocado imediatamente a disposicao. Criam-se discursos que oferecem e dao carater de necessidade vital para que adquiramos esse produto, e nisso acabamos aceitando sem pesatanejar. É mais ou menos por ai que entra a idéia da universidade. Faz-se a propaganda de que a universidade é O Caminho para adentrarmos no mercado de trabalho, que devemos entrar lá, adquirirmos o diploma q validará nossa inserçao no meio do trabalho. E isso deve ser feito da forma mais rápida possivel. Nao há porque perder tempo com "futilidade", afinal "Time is Money!!", já diria o velho Tio Sam. E é ai que toda essa ideia de campo de producao de conhecimento, perpassado por questionamentos, inquietaçoes, vai sendo minado. Nao se admite mais perder tempo discutindo questoes ditas "abstratas" qd se pode ganhar tempo estudando tecnicas que seriam muito bem aplicadas no Mercado de Trabalho. E ainda mais pq essas questoes tidas como "abstratas" acabam por servir como critica a um modelo visto como o unico possivel para nossas vidas. Vejam bem! admite-se que o modelo é de certa forma cruel, que exclui, mas por se propagar que nao outro modo, q se continue. Algo como "em time que ta ganhando nao se mexe". Esse movimento de formaçao de mao-de-obra de trabalho tecnica exige que seus sujeitos sejam pessoas que nao pensem, ou melhor, q ate pensem, mas que tenham preguiça pra isso...putz...cada vez mais os estudantes estao mais na condiçao de Alunos, e esse termo aluno quer dizer "Seres Sem Luz", ou seja, seres que nao tem saber. E que por isso alguem, q possue um saber, deve ir la e colocar esse saber, de forma imposta mesmo. É assim que esperamos que aconteça, se for de outra forma, logo reagimos...se um professor pede para escrevermos nossas impressoes sobre o texto q ele passou, se pede q nos posicionemos frente a ele, isso se torna uma coisa muito dificil, pois é algo q nao fazemos com certa frequencia, e q se brincar, pra alguns, nunca foi feito!! Mais uma vez nos prendemos a figura do especialista, daquele a quem entregamos nossas vidas pra dizer o que deve ser feita dela. Esperamos que o professor traga tudo pronto, diga "Isso é isso"; "Pra fazer essa coisa, vc aperta aqui, joga essa poçao e pronto"...nada de pensarmos, de nos inquietarmos, de buscarmos produzir nosso proprio saber a partir do que vivenciamos nas praticas universitarias....Acho q esse texto ta ficando um pouco confuso hehe, mas essa é uma das minhas propostas pra esse espaço: escrever de uma forma solta, deixando fluir meu pensamento e buscando amarrar em alguns pontos....e digo mais, Pensar nao é facil!!! é um atividade extremamente cansativa, visto o q ja apresentei de como se produz nossas vidas..e o q dirá escrever!! É mais dificil ainda!! Mas isso nao quer dizer que devemos desistir...acho q é ai q entra a minha idéia de pensar Resistencias: q há sempre possibilidades de desviarmos dos caminhos que nos dizem q é o certo, q é a norma...podemos produzir novos caminhos e isso só se dar se nos jogarmos, se buscarmos experimentar..nao basta ficar no bla bla, viva a diferença, a multiplicidade, é preciso vivenciar isso! Chega por hj!!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Estranhamentos

Há tempos que venho querendo voltar ao mundo dos blogs. Passei por uma experiencia de ter um blog, mas só de onda mesmo, onde escrevi alguns posts sobre coisas q eu podia distorcer, distorcer ate transformar em uma possivel piada, mesmo q fosse só pra mim. Gosto muito dessa coisa de q muito do q está ao seu redor pode tomar multiplos sentidos, e nao existe um sentido pronto pra o q se vê, mas q se constroi. Era isso q fazia, pegava assuntos q eram conversados entre grupos de amigos e buscava neles algo q pudesse ser colocado como engraçado, mesmo q pra isso acabasse indo "longe demais"...foi legal, mas dps cansei. Com isso fiquei afastado do universo blogueiro por um bom tempo. Mas ultimamente vinha querendo ter um espaço pra escrever meus devaneios sobre fatos q ocorrem no dia-a-dia, porem com uma nova caracteristica q seria a de pensar sobre esses fatos nao como dados, como ja sendo o q se dizem ser, e sim como nao natural, tentando coloca-los em analise, buscando de q forma ele funciona em nosso meio social, em nosso modo de vida....isso tem muito a ver com o momento em q estou passando, há um ano estou formado em Psicologia, pela Univ. Fed. Sergipe, mas diferente de muitos da area, nao me vejo como um psicologo q vai ta atuando num consultorio, escola, empresa ou o q seja, aplicando as teorias q aprendeu durante a graduacao (nao q todos q trabalham como psico façam exatamente isso, mas existe um modelo padrao de se ver o psicologo), o q venho buscando é justamente pensar essas praticas, esses saberes. tidos como naturais, ja instituidos, de como deve ser esse ou aquele profissional, ou ate mesmo como devemos ser enquanto pessoas, como filhos, pais, irmaos....é uma açao politica, uma forma de buscar produzir novas formas de vida para mim...e isso se soma justamente com a minha pretensao enquanto estudante do mestrado da UFS, meu projeto nao visa somente escrever algo pra no final obter um titulo de mestre, quero poder ta pensando novas formas de existir, de viver...meu blog será direcionado para minhas reflexoes sobre meu dia-a-dia como ja foi dito e espero q quem estiver lendo e sentir-se afetado de alguma forma por minhas reflexoes q sinta-se a vontade pra expor como isso o tocou, o q lhe fez pensar...